sexta-feira, 13 de junho de 2008

Paris: a mais bela


Uma rápida explicação de como cheguei em Paris: saí de Lyon no início da tarde de TGV (trem rápido) em direção à Paris, ainda meio sem saber se encontraria a minha prima Ivani, pois havia feito um contato no sábado anterior mas como ela trabalha muito e passa o dia fora, não tinha conseguido falar com ela nem no domingo nem na segunda pela manhã. O fato é que cheguei na Gare de Lyon e consegui ligar para ela, que foi super atenciosa e me deu o roteiro para chegar em Asniéres, cidade satélite de Paris, que poderia chegar de metrô (Paris é literalmente um queijo suíço embaixo da terra...). Passei os dias todos sendo bem tratado e dormindo bem, e conversamos uma pouco nos fins de noite quando ela e eu chegávamos em casa. Professora da Universidade de Paris, minha prima Ivani, antes tão distante me parece agora muito próxima, pela trajetória, ideais, conquistas. Fiquei muito feliz em poder revê-la e conversarmos sobre a questão da surdez, objeto de seu doutorado em linguística, sobre estágios de vivências, sobre família... a propósito que família linda que ela tem, duas filhotas muito fofas e super educadas, além do Stephany, seu marido, pessoa incrível também.



Paris é daquelas cidades que, se quiseres conhecer por inteiro precisas mudar para lá. De fato, essa opção foi feita por milhares de pessoas que, deslumbradas com a sua beleza, romantismo e esquinas que respingam história, acabaram por decidir lá passar seus bons e maus dias.

Como havia dito no blog em post anterior, Paris foi com certeza a mais bela cidade que já vi. Disse também que não seria possível, diante das quase 800 fotos que tirei de lá, documentar fidedignamente o que vivenciei ao andar pelas ruas, ver os monumentos, suspirar várias vezes pela falta da minha companheira para conhecer tudo aquilo junto... as lembranças (mesmo que remotas) de Maio de 68, também brotaram - talvez o principal motivo de ter ido à França em Maio foi a esperança - psicanaliticamente explicáveis, mas só assim - de que estivesse eu 40 anos depois em outro Maio, desta vez de 2008. De qualquer forma, as fotos das fotos que tirei de uma exposição à frente da Sorbonne, que outrora havia se transformado num "soviet" nas palavras do Coletivo Solidarity, valeram muito a pena.

A nossa exposição sobre a cidade de Paris limitar-se-á as fotos e alguma explicação - quando muito necessária - sobre elas. Desta forma pretendo não explicar os sentimentos mas retratá-los dialeticamente através dos detalhes das fotos. Passei agora cerca de 1 hora escolhendo as fotos mais significativas, apesar de ter deixado várias de fora... espero que vocês gostem, pois eu gostei.

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