quarta-feira, 28 de maio de 2008

Paris e Lyon...

Bem, se não falar de Paris e Lyon agora não falo mais... começei a ver que o blog vai ficar meio esquecido (como já está sendo, infelizmente) por conta do início de minhas provas e do trabalho.

Primeiro Lyon:
A cidade é muito charmosa e tem um astral super legal, o que me fez refletir como deve ter sido legal esse tempo para Mimi por lá. A propósito, a Residência de Mimi é super legal, cheia de brasileiros que se ajudam e vão fazendo as coisas. Como esperado, fui muito bem acolhido na casa dela e conheci uma galera que não vale a pena arriscar para não esquecer o nome... acho que o Daniel, namorado de Mimi, merece uma menção especial porque o cara ajudou pra caramba e sempre estava por perto para qualquer eventualidade. Camila continua com seu espírito crítico e inteligência analítica, foi ótimo conversar com ela sobre as impressões dos europeus (e das Universidades também, que decepcionam a nível acadêmico...) e sobre política, coisa que às vezes me faz falta aqui na Europa, como todos sabem. Encontrei Cibelle também e ela está adorando a cidade, não quer voltar de jeito nenhum porque encontrou um curso de Psicologia avançado e cheio de coisas legais para a formação dela, o que é raro quando falamos de Europa.

Cheguei em Lyon na sexta e logo vi que a cidade é bem grande, ao contrário do que eu pensava: Lyon é a segunda maior cidade em população na França. Os dois rios, Rhône e Saône, cortam toda a cidade e criam uma "orla" super charmosa com barzinhos e lugares para passear e fazer piqueniques... lindo! Além destas orlas, a Catedral de Fuvellier, a Notre Dame de Lyon foi uma das Igrejas mais impressionantes que vi em toda a Europa: imponente, fica na parte alta da cidade e de lá temos uma vista linda de tudo. Por dentro, temos detalhes únicos em mosaico que nunca havia visto, grandes painéis religiosos feitos com pedrinhas pequenas... impressionante! Além disso, não poderia deixar de falar da Vieux Lion, que é a parte medieval da cidade, onde existem vários locais para comer do melhor da cozinha francesa e que parece que viajamos no tempo para chegar por lá. As praças são muito belas e existem alguns prédios antigos que dão importância histórica à cidade, capital da gastronomia francesa e cidade do Heptacampeão Françes de futebol (Olimpique Lionnais, time do Juninho e do Fred) - curiosamente o time foi campeão no sábado em que estava por lá e teve até confusão depois do jogo, conflito com a política e talz... no outro dia por sorte encontramos uma praça repleta de torcedores esperando o time, legal!!!

Por último e não menos importante, o passeio que fiz no domingo com a minha cunhadinha, Alana, que foi surpreendente. Primeiro porque pudemos conversar sobre coisas bem legais que não tivemos oportunidade de fazer antes. Pude perceber que Alana têm muito dos meus sogros e, apesar das diferenças, tem também características de Amanda. Conversamos sobre a saudade de casa, sobre o amor, sobre as expectativas de futuro, enfim, foi um momento único com alguém que sempre me encontro em ocasiões (festas ou férias) muito rápidas e que acabamos não conversando. Até sentamos em um restaurante na Vieux Lyon para jantar (muito bom, por sinal), tomamos um pouco de vinho, enfim, foi muito legal e inesquecível! Tirei fotos e depois coloco aqui! Bjo para vc cunhadinha! E vamos combinar um passeio a quatro, sim!


Segunda-feira, fui a Paris de TGV (que é o trem rápido que os franceses têm). Cheguei por lá meio sem ter muita certeza se iria conseguir ficar na casa da minha prima, Ivani, mas acabou dando tudo certo e também fui super bem recebido. Acho que já escrevi demais, vou deixar Paris para outro dia, ok?

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Começo de conversa

Bem, como disse a todos, a minha viagem foi muito legal e cheia de belos lugares e pessoas especiais.
A viagem contou com várias boas surpresas, muitas fotos e mais dinheiro foi gasto do que eu esperava - mas tudo bem.
Começando pela viagem até o Porto (dia 14/15 - oh):
quase 4 horas naquele ônibus, com um mochilão milimetricamente organizado para não precisar ser despachado (todos os vôos Low Cost só permitem que vc utilize uma bagagem de mão, com até 10 kg, e com um tamanho máximo...). Chegando por lá, pensei que teríamos ao menos um lugar para dormir enquanto o dia amanhecia (eram 4 da manhã), mas ficamos no meio da rua... tudo fechado. Resultado, 6 brasileiros acabam se conhecendo, os 6 precisando ir ao aeroporto para viajar... Acho que os nomes dos outros 5 são: Danilo (este passeou comigo por Barcelona), Ivana e Julia (gêmeas que também foram à Barcelona), Diego e Sophia (foram para Milão eu acho). Ficamos esperando o metrô abrir e depois fomos ao aeroporto, tudo bem tranquilo.
Pegamos o vôo para Barcelona e fui conversando com o Danilo, que faz Medicina em Minas. Foi legal ter encontrado com ele porque pudemos conhecer juntos as coisas lá em Barcelona e tirar algumas fotos, além dele ser uma pessoa excelente.
Barcelona é daquelas cidades que tem uma atmosfera cosmopolita, com um povo relativamente civilizado (tem gente grossa tb) e que se diferencia das outras cidades principalmente pela figura do Gaudí, arquiteto catalão que transformou a cidade de Barcelona em uma oficina a céu aberto de suas obras arquitetônicas, que vão de luminárias em algumas avenidas até a belíssima (e única) Igreja da Sagrada Família. Como não tive muito tempo para conhecer a cidade, já que o meu vôo para Lyon já era no outro dia de manhã, dia 16 (Barcelona foi mais uma conexão mesmo), ficou um gostinho de quero mais para visitar alguns parques, a parte da praia que todos elogiam e que não tive tempo de ver, alguns museus, enfim. MAS, no geral, tirando a singularidade das obras do Gaudí, achei a cidade tão frenética e "metropolizada", que talvez não me impressionou tanto como poderia... As praças, os monumentos e a lingua Catalã me deixaram a impressão que a questão da independência daquela parte do país será uma questão complicada para se resolver, porque por um lado existem (alguns) elementos identitários tipitamente catalães, e por outro (e isso é mais significativo) a cidade me parece economicamente muito fortalecida, o que influencia radicalmente um processo (não tão cultural assim) de discussão de independência.


Por enquanto é só.
Depois eu falo sobre Lyon e Paris. :)

De volta...

Pois é... de volta a vida (quase) normal em Lisboa.
A viagem? Maravilhosa.
As fotos? Cerca de 1500 (isso mesmo, 1500 fotos).
As pessoas? Camila e Daniel, Alana (cunhadinha), Ivani (prima)... nossa é tanta gente de tanto lugar diferente que não dá para resumir aqui.
O corpo? Cansado.
A mente? Aberta.
A saudade? Cada vez maior.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Viagem para Barcelona e França

Olá, depois de uma semana quase incomunicável estou passando aqui só para dizer que vou viajar...
O roteiro será Lisboa-Porto-Barcelona-Lyon-Paris-Porto-Lisboa. Tou meio nervoso porque é a minha primeira viagem internacional sozinho, então dá aquele frio na barriga... mas vai dar tudo certo! Quando chegar por lá tento mandar notícias.

abraços fraternalmente revolucionários,

domingo, 11 de maio de 2008

Últimas

Estou a essa hora postando coisas aqui porque acho q essa semana vai passar voando... estou com trabalho, prova, viagem... enfim, mais um fim de semana por aqui, saudade de casa cada vez maior...

continuo devendo fotos e outras coisas mais... essas promessas de blogs são mesmo complicadas...

abraços

terça-feira, 6 de maio de 2008

Mais fotos, olha o Bush!!!






Fotos Coimbra


















Só não há revolução porque não há revolucionários, razões há de sobra!

Ando muito ausente do blog.
Explico-me: primeiro estou trabalhando num call-center pra juntar dinheiro pra ir pra França em Maio, e isso significa que o tempo mais tranquilo para que eu atualize o blog (à noite depois das aulas) está comprometido.
Outra questão é que o tempo de provas está começando, e estou precisando estudar um pouquinho. Tenho um trabalho de Resolução Alternativa dos Litígios pra fazer e uma prova de Inglês tb.
Fui à Coimbra, encontrar com o meu amigo Manolo (Jonas para os não íntimos), e saber o que danado era a famosa Queima das fitas conimbrisense. De fato, ao menos no Cortejo, é um negócio de outro mundo. Imaginem vcs, mais de 100 carros todos coloridos e enfeitados com fitas das respectivas cores dos cursos, um monte de gente vestido de pinguim (foi o melhor sinônimo que encontrei) dentro desses carros enormes enfeitados e entregando cerveja, bebidas e comidas para o pessoal de fora dos carros. Repetindo, as pessoas estavam distribuindo as cervejas de graça. Preciso dizer mais? Lógico que sim.
A cidade de Coimbra gira em volta da sua Universidade e isso significa que há claramente um espírito universitário rodando os vários lugares. Há muitos belos lugares para fotografar e tirei algumas fotos, não tantas como o meu "normal", mas foi bem legal.
Em conversas com Jonas, pude ver que aquela idéia da Faculdade de Direito de Coimbra tão idealizada e como berço da excelência acadêmica não era tudo isso. Falou-me sobre as formalidades, as aulas-conferência que permanecem enquanto paradigma didático-metológico, a falta de debate e de diálogo, enfim. Parece que o único espaço mais interessante é o Mestrado em Filosofia do Direito e em Direito Penal, que me disseram que estava com um espírito crítico, etc.
A frase que inicia este post estava em um dos vários muros pichados nas ruas de Coimbra. Como a cidade é universitária, há alguns desses loucos(as) como nós que questionam as estruturas, falam de Revolução, de transformação social, de feminismo. A frase é perfeita, não é?
Fomos olhar também a Marcha pela descriminalização da Maconha, interessante o material que o pessoal entregou, mas tinha pouca gente. Depois coloco umas fotos aqui.

Continuo devendo o texto sobre Maio de 68, essa semana está havendo uma mostra de cinema no Instituto Franco-português. O filme de ontem foi espetacular, e olha que eu cheguei atrasado. Vietnam é um documentário feito por várias mãos, que discute a questão da Guerra do Vietnam num prisma global, em que cada resistência feita nos vários países são uma forma de resistência ao Imperialismo. Esteticamente, o filme incomoda muito e tem a marca de Debord. Os diálogos e as imagens misturadas deixam-nos atordoados. Isso é cinema.


É isso!