terça-feira, 6 de maio de 2008

Só não há revolução porque não há revolucionários, razões há de sobra!

Ando muito ausente do blog.
Explico-me: primeiro estou trabalhando num call-center pra juntar dinheiro pra ir pra França em Maio, e isso significa que o tempo mais tranquilo para que eu atualize o blog (à noite depois das aulas) está comprometido.
Outra questão é que o tempo de provas está começando, e estou precisando estudar um pouquinho. Tenho um trabalho de Resolução Alternativa dos Litígios pra fazer e uma prova de Inglês tb.
Fui à Coimbra, encontrar com o meu amigo Manolo (Jonas para os não íntimos), e saber o que danado era a famosa Queima das fitas conimbrisense. De fato, ao menos no Cortejo, é um negócio de outro mundo. Imaginem vcs, mais de 100 carros todos coloridos e enfeitados com fitas das respectivas cores dos cursos, um monte de gente vestido de pinguim (foi o melhor sinônimo que encontrei) dentro desses carros enormes enfeitados e entregando cerveja, bebidas e comidas para o pessoal de fora dos carros. Repetindo, as pessoas estavam distribuindo as cervejas de graça. Preciso dizer mais? Lógico que sim.
A cidade de Coimbra gira em volta da sua Universidade e isso significa que há claramente um espírito universitário rodando os vários lugares. Há muitos belos lugares para fotografar e tirei algumas fotos, não tantas como o meu "normal", mas foi bem legal.
Em conversas com Jonas, pude ver que aquela idéia da Faculdade de Direito de Coimbra tão idealizada e como berço da excelência acadêmica não era tudo isso. Falou-me sobre as formalidades, as aulas-conferência que permanecem enquanto paradigma didático-metológico, a falta de debate e de diálogo, enfim. Parece que o único espaço mais interessante é o Mestrado em Filosofia do Direito e em Direito Penal, que me disseram que estava com um espírito crítico, etc.
A frase que inicia este post estava em um dos vários muros pichados nas ruas de Coimbra. Como a cidade é universitária, há alguns desses loucos(as) como nós que questionam as estruturas, falam de Revolução, de transformação social, de feminismo. A frase é perfeita, não é?
Fomos olhar também a Marcha pela descriminalização da Maconha, interessante o material que o pessoal entregou, mas tinha pouca gente. Depois coloco umas fotos aqui.

Continuo devendo o texto sobre Maio de 68, essa semana está havendo uma mostra de cinema no Instituto Franco-português. O filme de ontem foi espetacular, e olha que eu cheguei atrasado. Vietnam é um documentário feito por várias mãos, que discute a questão da Guerra do Vietnam num prisma global, em que cada resistência feita nos vários países são uma forma de resistência ao Imperialismo. Esteticamente, o filme incomoda muito e tem a marca de Debord. Os diálogos e as imagens misturadas deixam-nos atordoados. Isso é cinema.


É isso!

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